Associados promovem ato na sede da Cassi em Brasília

Um ato em defesa da Caixa de Assistência, promovido pelo Sindicato dos Bancários de Brasília, pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT/CN) e pela Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) surpreendeu a diretoria da Cassi na manhã desta sexta-feira (20). A atividade aconteceu no dia em que os conselheiros eleitos e indicados apreciariam as propostas do BB que retiram direitos pelos associados. 

Em nome da Contraf-CUT, os diretores do sindicato entregaram um documento aos membros do Conselho Deliberativo para orientar e balizar a decisão acerca do aumento da coparticipação e da proposta do BB de revisão estatutária que implementa a CGPAR 23, que o movimento sindical está lutando para derrubar.  (Clique aqui para visualizar o documento) O documento resgata a decisão do Supremo Tribunal Federal que suspendeu, na segunda-feira (16), as novas regras da Agência Nacional da Saúde (ANS) sobre a elevação dos valores na coparticipação e franquia dos planos de saúde.

O Coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, Wagner Nascimento, afirma que o documento entregue aos conselheiros da Cassi traz um chamamento à responsabilidade daquele conselho em aprovar temas contrários às decisões dos funcionários nos seus congressos representativos e também contra os debates nos diversos conselhos de usuários e associações de aposentados. “Precisamos unir nossas forças em achar soluções construídas com os associados e não apenas fabricadas nos gabinetes do BB, quebrando princípios históricos como o da solidariedade”, afirmou.

O secretário de Saúde da Fetec-CUT/CN, Wadson Boaventura, esclarece que a coparticipação como fator de arrecadação para o custeio da Cassi somente onera o associado, sem a participação da empresa. Diante disso e da decisão do STF, diz o dirigente, “na discussão desta sexta-feira do Conselho Deliberativo, queremos que o assunto seja retirado de pauta”.

“Vamos continuar na luta em defesa da Cassi, que é dos associados. Precisamos chegar a uma solução para a nossa Caixa de Assistência, e que não seja no afogadilho das horas. Que a gente possa ter uma discussão para que seja tomada a melhor decisão sobre a sustentabilidade do plano”, defende a diretora do sindicato e da Contraf-CUT Zezé Furtado.   

As proposições do BB para a Cassi visam, entre outras medidas, onerar somente o associado com a alteração do modelo de custeio sem a contrapartida do patrocinador. O aumento das despesas da Cassi, o fim do modelo de gestão paritária, a destruição do princípio de solidariedade e o fechamento do plano de associados também estão entre as propostas do banco. 

“Se aprovadas essas medidas, estarão sendo quebrados os princípios essenciais de existência da Cassi. Será a Cassi da exclusão. Não podemos permitir isso, pois compromete a vida de milhares de pessoas. Saúde não é mercadoria. É direito”, arrematou Martha Tramm, diretora do Sindicato, cobrando que a diretoria da Caixa de Assistência e do BB sentem-se com os representantes dos trabalhadores para encontrar uma solução negociada.

 

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