Ato em defesa dos bancos públicos em Recife tem com grande adesão

Unidos pelo propósito de defender os bancos públicos das ameaças iminentes de privatização e denunciar as estratégias usadas pelo governo ilegítimo de Michel Temer para precarizar os serviços prestados por essas empresas, bancários, dirigentes sindicais e população em geral, realizaram, na manhã deste domingo (29), mais um grande ato público, desta vez na Avenida Boa Viagem, localizada no bairro homônimo.

O evento integra uma ampla agenda do Sindicato em defesa das estatais que inclui audiências, visitas às agências, criação de frentes parlamentares mistas e campanha de comunicação de massa, entre outros.

Na ocasião, foi atualizado o calendário de lutas com a participação de outros setores da sociedade civil organizada a fim de fortalecer a causa. Também foram retirados como encaminhamentos a requisição de audiências com o Governo de Pernambuco e com a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) para cobrar posicionamento em defesa dos bancos públicos.

Na medida em que os diretores e demais convidados alertavam sobre os setores da economia e as políticas públicas que serão severamente atingidos pela privatização das estatais, os transeuntes eram abordados com materiais informativos sobre o assunto e, ainda, convidados para assinar o documento pela anulação da Reforma Trabalhista.

“Estamos cumprindo, hoje, a missão de alertar a sociedade sobre o prejuízo social que representa a venda dos bancos públicos para o capital privado, que irá viver da exploração de empréstimos e de juros de cartão de crédito. Sabemos que eles não têm interesse em investir um centavo em programas sociais, no financiamento da agricultura familiar, na habitação para baixa renda e em linhas de crédito para micro e pequenos empresários”, avaliou a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues.

Representantes de movimentos sociais e sindicais também marcaram presença no protesto. Entre eles, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste (Fetrafi-NE), Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Olinda (Sinpmol), Associação dos Pequenos Produtores de Olinda, Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Pernambuco (Sinttel), Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Sindicato dos Petroleiros, e o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM).

"Assim como nos bancos, as escolas não têm condições de trabalho. Por isso nos unimos nessa luta em nome de todos os servidores públicos que não são respeitados como deveriam, em defesa do emprego e dos direitos do trabalhador, e, claro, em defesa das empresas estatais, que pertencem a todos e por isso devem ser zeladas", afirmou o presidente do Sinpmol, Wildson Cruz.

Na avaliação da secretária-Geral do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Sandra Trajano, a agenda deste domingo foi bastante positiva. "A boa adesão é resultado de nossa agenda de lutas em defesa dos bancos públicos. Vimos diversas pessoas que estavam curtindo o dia de lazer ou se exercitando pararem para assinar o documento contra a reforma trabalhista e, muitas delas, revelaram sua insatisfação com os planos ultraliberais de Temer em relação aos bancos públicos. Constatar que as pessoas estão compreendendo a gravidade do que está posto demonstra que estamos seguindo no rumo certo e isso nos impulsiona a continuar lutando. Seguiremos firmes", convocou.

A empregada da Caixa Econômica Federal, Cândida Fernandes, também comemora a participação dos empregados do banco. A palavra de ordem hoje é união. Defender os bancos públicos não é só defender o emprego, e sim defender um projeto de país digno para o povo. Parabéns a todos que dispuseram do seu tempo para estar aqui hoje. Sigamos na luta, unidos e mais fortes do que nunca", vibrou.

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