Bancos fecharam 2.846 postos de trabalho no primeiro semestre de 2018

Os bancos fecharam 2.846 postos de trabalho no país, entre janeiro e junho de 2018, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pela subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), nesta segunda-feira (23).

Clique aqui para ver os destaques do Dieese.

A análise por Setor de Atividade Econômica revela que os “Bancos múltiplos com carteira comercial”, categoria que engloba bancos como, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, foram responsáveis pelo fechamento de 1.804 postos nos seis primeiros meses do ano. No caso da Caixa, devido, em grande parte, ao “Programa de Desligamento de Empregados”, lançado em 22 de fevereiro, o fechamento foi de 1.101 postos no período.

São Paulo registrou 57,8% das admissões e 64,7% do total de desligamentos, apresentando o maior saldo negativo no emprego bancário no período analisado, com 955 postos fechados no ano. Rio de Janeiro e Paraná foram os estados que mais fecharam postos, depois de São Paulo (respectivamente, 724 e 358 postos fechados. O Pará teve o maior saldo positivo (100 postos abertos).

Faixa Etária

Os bancos continuam concentrando suas contratações nas faixas etárias até 29 anos, em especial entre 18 e 24 anos. Foram criadas 5.142 vagas para trabalhadores até 29 anos. Acima de 30 anos, todas as faixas apresentaram saldo negativo (ao todo, -7.988 postos), com destaque para a faixa de 50 a 64 anos, com fechamento de 3.958 postos no período.

Desigualdade entre Homens e Mulheres

As 6.729 mulheres admitidas nos bancos no primeiro semestre de 2018 receberam, em média, R$ 3.451,91. Esse valor corresponde a 71,1% da remuneração média auferida pelos 7.219 homens contratados no período. Constata-se a diferença de remuneração entre homens e mulheres também nos desligamentos. As 8338 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, R$ 5.570,62, o que representou 74,2% da remuneração média dos 8.456 homens desligados dos bancos.

Primeiros reflexos da Reforma Trabalhista nos dados do Caged

As demissões sem justa causa representaram 55,1% do total de desligamentos no setor bancário entre janeiro e junho de 2018. As saídas a pedido do trabalhador representaram 37,1% dos tipos de desligamento. Nesse período foram registrados, ainda, 35 casos de demissão por acordo entre empregado e empregador. Essa modalidade de demissão foi criada com a aprovação da Lei 13.467/2017, a Reforma Trabalhista, em vigência desde novembro de 2017. Os empregados que saíram do emprego nessa modalidade apresentaram remuneração média de R$ 8.827,74.

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