Seminário apresenta mitos e verdades sobre a privatização

Na abertura do primeiro encontro das entidades que defendem a manutenção das estatais como patrimônio do povo brasileiro e os direitos de seus trabalhadores após a eleição presidencial no País, que acontece nesta quarta-feira (6), no Hotel San marco, em Brasília (DF), a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano, fez um breve relato das ações desenvolvidas desde que o fórum foi criado, há pouco mais de três anos. Entre essas ações, uma grande campanha que agora será relançada, a criação de comitês estaduais pelo Brasil, lançamento de livros e centenas de debates para esclarecer as péssimas consequências da privatização para trabalhadores e sociedade.

O seminário reúne dezenas de representantes de categorias e entidades de trabalhadores em empresas públicas. Bancários, petroleiros, funcionários da Embrapa, Conab, Correios, serviços hospitalares, advogados, aeroportuários, moedeiros são alguns entre eles, além de conselheiros nessas instituições. Centrais sindicais e a Federação Nacional das Associações dos Empregados (Fenae) da Caixa Econômica Federal, parceira do comitê, integram os debates. “Estamos numa corrida, uma verdadeira maratona para impedir que o patrimônio do povo brasileiro, conquistado com tanta luta e determinação, seja destruído”, afirmou o presidente da Fenae, Jair Ferreira.

A programação da manhã trará ainda debates com foco nos questionamentos jurídicos e políticos para elaboração de estratégias contra a privatização. As palestras terão como temáticas Mitos e verdades sobre privatizações, por Felipe Freire (subseção Dieese); Os desafios do Congresso e a nova estrutura do Poder Executivo, por Neuriberg Dias (Diap) e Avaliação do cenário no âmbito jurídico legal, com o advogado Luiz Alberto dos Santos, consultor do comitê.

“Há atividades em que o risco é enorme, e o setor privado quer negócios de curto prazo e alto lucro. Qual empresa privada aportaria recursos no pré-sal?”, questionou Freire durante sua exposição, derrubando o mito de que as empresas públicas devem atuar apenas nos mercados onde o setor privado não tem interesse.

A abertura do seminário também foi marcada por um minuto de silêncio pelas vítimas da Vale em Brumadinho (MG), no maior acidente de trabalho ocorrido até hoje no Brasil e que tem entre suas causas a ganância desenfreada e o descaso com a segurança dos empregados, intensificados com a privatização da empresa no governo FHC. Um custo alto demais a ser pago pela irresponsabilidade social da empresa.

À tarde serão elaboradas propostas, estratégias e plano de ações do comitê para 2019. O encontro prossegue até 17h.

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